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A que distância da terra se está sozinho no mar. A enxurrada
molha mais do que o rio. Quando começa o frio. Onde fica a felicidade.
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Importa o rigor do mapa se um plano não é redondo. Podem os
animais respeitar a fronteira.
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Por que a luz e o calor também cansam e o Inverno regenera.
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Se o riso pode ser choro e as lágrimas felicidade, por que
importam. Se a boca diz o pensamento e o tino a manda calar, por que se fazem
asneiras e declarações apaixonadas.
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Se a paixão é sofrimento, por que se saboreia a doença. Se o
amor é sublime, por que se perde.
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Quando se vê o túnel branco, por que se regressa. Por que
não se morre só de desgosto. Por que não se morre.
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As perguntas sem resposta não precisam de pontos de
interrogação. São essas e outras as que importam.
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Nem a idade de morrer nem os beijos que faltam importam. Há o
vinho e a música e a pintura. Palavra escrita e poemas de improviso. Estar só e
ficar abandonado ou apenas pensar.
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