digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 25, 2017

Cubo

.
O Cubo manifestando-se aqui inconseguiria ser o laço que desaperta na vez de punir. A sua matéria indestrutível seria desistência. O negrume da cidade e o negrum da casa só se unem quando os carros pretos comprimem tempo do caminho. Nem poderia o azul de fora tocar a colecção de tristezas encerradas.
.
Se os carros andassem sozinhos… se não a escuridão envidraçada não fosse e viesse de dentro e da rua… se o portão abrisse para fora a fronteira… se o príncipe não.
.
Na cidade há cores e a progressão geométrica é saber que não me interessa, não acontece.
.
.
.
Nota: fui buscar o Cubo a Benoit Peeters e François Schuiten, onde é o motivo da acção de «A febre de Urbicanda».
.

Sem comentários: