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A intimidade faz comichão. Dizê-la é espirrar e a mudez acha-se
o vómito contido. Todos sabemos o que todos, mas a gaveta das camisolas de lã
está fechada. Fazer e desfazer caixotes é desarrumar confianças, viaja-se ao governar
os livros nas estantes e cozinhar torna-se no abraço à mãe. Dentro dos lençóis
há muitas noites e neles se ficam silêncios.
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Quem escreve está à janela, ao assomar-se abre as portadas e
quem lê toma os seus olhos diante da rua.
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