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Não é vício nem sina, nem teimosia, escrever-te é a obrigação
ao ver-te a provocação do corpo e a sensualidade-maior dos lábios.
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O alvoroço da praça cheia em dia de mercado e a curiosa melancolia
das tardes vagas de domingo, sua preguiça e frenesim de campo de batalha.
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Cativo da predadora dos olhos lentos, aspirando sacrifício
ou glória, searo branco e surdo.
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Da adivinhação sei, lido na bola e na grande-roda, de nunca
ter. Nenhum curandeiro conhece achamento de remédio para o meu incêndio.
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Esta tristura sem piedade de mim. Deste desconsolo, contenta-me
saber do doce do limão.
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