digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Premonição posterior

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Escrevi tanto, quase nada sei das minhas palavras e da vida que jurei conhecer. Houve amor e tragédia, doença e fuga, chegada antes da partida e principalmente eterno no lugar.
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Não me ouvem porque tanto disse e falei além. Tudo isso somado é a voz frágil do homem-invisível.
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Não sei o que disse, por memória e pertinência. Uma bola na inclinação, que os velhos não chegam, e o ácido que os miúdos recusam.
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Maré-cheia e maré-viva, chuva na água.


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