digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, setembro 23, 2016

Xenofografia e Xenofonia

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Vêm imigradas para o trabalho e indígenas morrem de involuntário suicídio. As palavras não se sabem defender. Quantas não feneceram por esquecimento. Não há cemitério onde se velem e chorem, perecem indigentes. Poucas velhas das aldeias lembrando falecidas e doentes. Engravido-me na esperança narcísica de que alguma perdure.

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