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Na carruagem do metropolitano oiço qual a próxima estação e
penso e concluo demasiadamente rápido que sei para onde quero ir mas não onde
sair.
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Que seja, reparo nos rostos. Escolho a miúda para pensar e
instantaneamente lembro-me do que seria se fosse quem fui, talvez me
correspondesse o olhar acrescentado de sorriso, para sentar-me diante e lhe
perguntar:
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– (…)
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Na verdade, quando é assim, quase tanto faz.
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Não me vê e desisto antes que a incomode, na vergonha do que
não fiz mas pensei.
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Que me apeie sem susto e chegue onde quero.
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Se fosse simples e eu quem fui.
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Como uma fotografia sépia.
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