digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, julho 20, 2016

Quatro-mil-quatrocentos-e-oitenta-e-quatro dias de infotocopiável e quatro-mil publicações

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A vinte e quatro de Março completou dez anos e a dezanove de Julho chegou à publicação quatro mil. Disseram-me:
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– Também tu tens um blogue?
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Aqui há flores orvalhadas e outras na luz. Declarações de amor e nunca ódio e ainda tristeza e negrum, que é fundo do que negrume.
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Vinham para ler amor e foram-se outros para ver no espelho as feridas e mais, muito mais, sexo, por causa de imagens e palavras.
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Quatro-mil-quatrocentos-e-oitenta-e-quatro dias de infotocopiável.
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Tanto quanto quatro mil anos. Para a frente, de hoje talvez só a roda. De antes, lembrei-me:
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O Egipto do Império Médio e a Suméria a desfazer-se, rapidamente em traço tosco.
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Misturando os dias como se mergulhasse e quase na areia um golpe de tronco e pernas para a subir e entre o ir e o voltar de olhos abertos ver agricultura e a casa e o inventário para depois poesia e antes ou depois a pecuária, já o lobo era cão e o gato atrevia-se.
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Quatro mil anos são como quatro mil dias são e quatro mil publicações.

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