digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, julho 04, 2016

Promessa

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Um dia subi à prancha dos dez metros e apontei os olhos à água e recebi o tiro do arrependimento e o som da vergonha e fitei o horizonte e esqueci-me e na queda lembrei-me de tudo e sobrando tempo desejei acabar a viagem e uma paz ansiosa de azul de bolhas translúcidas passando e antes dos azulejos regressei e no alívio prometi nunca saltar e arrependo-me.

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