digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, março 14, 2016

Uma conversa muita antiga

.
Aquela vez que agarrei o beijo porque as palavras eram densas e escuras, sem lanterna muito mais para se ver. A cada vogal, cada consoante, cada sílaba até ao parágrafo e contraposição. Quanto mais os teus diziam, mais os meus sentiam o beijo na beira – mas a cabeça muito mais junta e o relógio afastado. Se olho para trás, se penso no beijo que ficou no tambor do revólver, é da conversa inacabada que me lembro.

Sem comentários: