digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, março 07, 2016

Febre

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Estou febril e isso esgota-me, ainda o dia do lado de fora da janela, de dentro da vidraça, em mim e expiração.
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Foi um pesadelo de estar acordado, muito pior do que dormindo. Foi uma saga, antes morto. Morrendo-me e matando tudo.
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Um vampiro suicidário e insaciável, dolorosamente consciente.
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Sou o pijama meio do avesso espalhado por onde se não dorme e no vazio de gente.
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Não, não estou com nervos em franja. Um longo cabelo despenteado e emaranhado, simultaneamente oleoso e casposo.
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Não existe este sítio em mim. Contudo sim. Não existe porque não quero nem o quero nem.
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Assim invisível, involuntário e invisível.
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É um bom dia para um suicídio silencioso.
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Todas as lágrimas estão fechadas e o mundo dorme sem dar por mim.

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