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Desistente, desistentável, sofredor e sofredável. Expulso-me
e empurro-me, expulsam-me e empurram-me. Pago a sinceridade e a crueza, não sou
frio. Antes fosse assentimental e assentimentado, tivesse o fio da lâmina do
aço e não me alimentasse de ternura.
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Se a morte existisse e com ela pudesse jogar aos dados. Se o
Diabo vivesse e a ele vender a alma. Se não tivesse assinado o contrato ou lido
as cláusulas.
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Se pudesse desexistir, se Deus me desse a bênção de me descriado.
Como seria feliz no instante em que.
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Não sei o que faço nem quero fazer parte. O corpo gosta da
casa, mas a cabeça deseja partir. A cara gosta do vento e a alma soltar-se e nele
se abandonar.
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Tanto faz quase tudo, quando tudo é nada e nada pode ser
muito. Tanto faz, tanto faz, tanto faz e tanto faz aos milhares, mesma
escuridão em onde.
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Melancolia num embrulho de lençóis amarrotados. Nem que
fossem a mortalha, a morte não me interessa.
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