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Vinte vezes outro, não porque chove. À janela está o gato
melancólico, tira-me palavras e ocupa-me. Se estivesse lá fora, molhado e
patético como um gato molhado, a lentidão da indiferença seria a da escuridão
cavada, desta masmorra de porta aberta, sem outro silêncio .
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A vida é câmara-lenta, da indolência da derrota e do frio desistente
e consentido, de mim oferecido a rapaces e ao chão.
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A mãe não dá colo, vá quando for e vá também – cordão
ata-nos, falho abraços, mau filho.
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Os remorsos que dizem secos apontam-me castigando. A cabeça
não sai nem dela saio.
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Vinte vezes outro ou ir para não ficar.
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