digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, dezembro 28, 2015

Navio-fantasma

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Enrolado em lã, da macia, porque dia do gato. Tenho muito para fazer quando não tenho nada para fazer. Destapo-me e dispo-me, olho em contrapicado para a fachada da Catedral de Colónia e os olhos quase não chegam. É isso, a construção da casa e das vozes surgentes na cabeça. O início arrasta horas e a desoras noto a inanição e vou já, e já significa uma paragem depois de horas. Bebo água e acalmo-me quando o mar desce e fica a areia na vista, então deixo a nudez. 

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