digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, novembro 04, 2015

Da Terra em torno do Sol

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O tempo e o relógio e suas complicações. Mais lento o tempo de te cair a roupa do que o quasar do prazer arriscado e por isso tumultuoso. Lá fora é indiferente, se nenhum telefone tocar, nem a luz e muito menos as vinte e quatro horas, as quarenta e oito horas ou os quinze minutos.
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Os meus olhos viram-te nua muitas vezes, diante da luz da procura ou numa escuridão. Prazeres perfeitos e palavras de dizer, sejam qualquer coisa. Um fim ou talvez promessa.
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Que se cumpra o dito ou o prometido ou o desejado ou o atrasado ou a transgressão ou a repetição e o nervoso nos lençóis tépidos e a câmara perfumada pelos corpos dados ao prazer.
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Sei do tempo e do relógio parado, sem as complicações imperfeitas e do correr da Terra em torno do Sol, indiferente na cama. Só o cair da roupa e o momento por tudo e todos os lados.

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