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Não fiz contas apesar da contabilidade. Em três ou quatro
papéis escrevi amor e engano, a parceira e o feito e quantas vezes. Qualquer coisa
o rasgou, jamais mataria a história do meu prazer nem dispensaria o avivar da
memória, capaz de me erguer para repetir com uma pessoa distante.
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Não me lembro e algumas certezas podem ser mentira mas não
será por isso que deixarei de me levantar e de encontrarmos o zénite. Agradeço
a bênção do passado e a recordação que a lembrança concedeu. Cedo ou tarde
adormeço e como um fantasma foge.
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