digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, novembro 06, 2015

Da história à certeza

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Não fiz contas apesar da contabilidade. Em três ou quatro papéis escrevi amor e engano, a parceira e o feito e quantas vezes. Qualquer coisa o rasgou, jamais mataria a história do meu prazer nem dispensaria o avivar da memória, capaz de me erguer para repetir com uma pessoa distante.
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Não me lembro e algumas certezas podem ser mentira mas não será por isso que deixarei de me levantar e de encontrarmos o zénite. Agradeço a bênção do passado e a recordação que a lembrança concedeu. Cedo ou tarde adormeço e como um fantasma foge.

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