digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, novembro 07, 2015

Água

.
Nunca fiz amor na praia. Sou virgem desse prazer e tremerei de ansiedade e receio quando me levares – como sonho. Sei beijos e abraços e daquele pudor que não se vê, dos corpos escondidos ajudados e afligentes pelas ondas. Sei do sal dos lábios e da cova na areia, para que deitado de bojo para baixo possa ter conforto, porque o teu desassossego.
.
Nem tampouco da água doce, sossegada sobre os ladrilhos azuis e se faz… tão mais longe. Escondidos pela ausência ou pela escuridão da casa.
.
Virgem e sabendo pouco como adolescente e com uma enorme vontade.
.
.
.
Nota: Quem souber da autoria desta fotografia, por favor informe-me, para que possa citar o autor.

Sem comentários: