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Cheguei do jantar por volta das três da manhã. Embora não
possa garantir o momento, estabeleci-o no dia da véspera. Cheguei e veio a
Granita. A Lioz nem sempre recebe e a Paraquedas ainda menos. Já tudo
acontecera. Às três horas e dezanove minutos enviei uma mensagem:
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– Os gatos são fantásticos. Entro em casa e a Governanta, a
Granita, recebe-me a miar e a especificar diante da lata que precisa de comida.
Bem procuro as outras. Quando vou dar de comida surge a lambisgoia da
Paraquedas, mas a Lioz nem se vê nem dá sinal… Há coisa mais linda do que os
gatos?
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Deitei-me e ao acordar estranhei a ausência. Nem chamamento,
nem comidinha da boa nem o assobio mágico. Nem fechada na casa de jantar. Procurei atarantado temendo qualquer coisa de indefinível. Até vi o
sítio e não a vi. Numa repetição de olhares dei com ela.
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Gelada, rígida e macia. O meu coração de mãe soube que ali
não estava, mas que chorando ao abraçar o cadáver ela me deu torrinhas e
ronronou, mexendo-se para saltar e ficar ao mesmo tempo.
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Nota: Este texto foi escrito a 26 de Novembro de 2015. De
modo a estabelecer um marco, coloquei-a no dia 22 de Novembro, às 3h19m, quando
escrevi a dar as novidades.
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