digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, outubro 01, 2015

Ou espada

.
Invejo-me aos dezasseis anos e recrimino-me por não ter morrido jovem e belo como os heróis. Porque os heróis quase não morrem e os jovens também não. Para sempre linear nas fotografias e o sorriso (hoje substituído por infantis caretas) tranquilo como o da mãe. Aos dezasseis já conhecia a melancolia, mas não viam nem percebia. Todos os caminhos e tão lúzer que nem a beco-sem-saída me condenei ou espada.

Sem comentários: