digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 07, 2015

Incapacidade

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Tenho pensado no conceito de refugiado poético. Não é interessante, obsessivo. Porque tenho uma bola de basquete abaixo do diafragma e frio nos ombros a impacientarem-me.
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Concluo enfadado que o real é aborrecido e pastoso e o risco do neorrealismo quase inevitável. Não esquecendo as lágrimas que espreitam.
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Entre a difícil beleza e fácil a fealdade, desisto da agonia que só poucos conseguem dar tempo.
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Depois de pensar, concluo que qualquer poética rasteja no abismo do piroso ou no suicídio panfletário ou na tristeza da banalidade.
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Faltam-me neurónios.

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