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Tenho pensado no conceito de refugiado poético. Não é
interessante, obsessivo. Porque tenho uma bola de basquete abaixo do diafragma
e frio nos ombros a impacientarem-me.
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Concluo enfadado que o real é aborrecido e pastoso e o risco
do neorrealismo quase inevitável. Não esquecendo as lágrimas que espreitam.
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Entre a difícil beleza e fácil a fealdade, desisto da agonia
que só poucos conseguem dar tempo.
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Depois de pensar, concluo que qualquer poética rasteja no abismo
do piroso ou no suicídio panfletário ou na tristeza da banalidade.
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Faltam-me neurónios.
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