digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, outubro 20, 2015

Cila

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Não chego atrasado nem adiantado. Vou com o tempo necessário pelo caminho certo. Não sei aonde quero chegar, a vida por onde quiser. Traições e desilusões, não é o nem um destino, a vida. Na fé fria matraquilho-me à exaustão:
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– Não sei que contrato fiz com Deus.
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Se Deus é por coração, num desamparado. Insistir-discutir comigo, uma boca morde e outra morde de volta, cabeça coração fígado estômago pulmões alma.
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Vi Cila deslumbrado, sinto Cila.
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Não chego atrasado nem adiantado. Não uma luz no fim da rua, por traições, desilusões, esquecimentos e abandonos. Perdoo porque não sei odiar, não sei perdoar e horrorizo-me de perder.
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Vou com o tempo necessário pelo caminho certo na direcção contrária.
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Nota: O monstro das seis cabeça não tem nada a ver com o Citroën... mas se vou, que vá com estilo.

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