.
O tal jardim que começa na casa muda e tem sombras de
árvores espalhadas, donde uma vez por ano pendem frutos, de comer ou só de ver.
.
Quando chove e o tempo é perfeito sob as copas molhando-se
admirado com os pingos estatelando-se no chão curvando-se imperceptivelmente. Penso
nos insectos, nos bichos de penas e nos bichos peludos. O cabelo quase todo
molhado e não fosse querer e estaria desesperado.
.
O muro é alto e cravado de vidros, vedado por densa floresta
de cipreste alinhados como sebe. É a minha prisão e onde a cabeça não tem
vergonha dos medos.
.
O cinzento e o verde dos dias da melancolia e na agitação da
luz, gatos e cães.
.
Estiraço-me, desespero e solidão-me numa hora indiferente. À
noite há pirilampos e grilos.
.
Pela noite vêm frescos e húmidos, quase invisíveis e assim
nas horas. A Terra roda.
Sem comentários:
Enviar um comentário