digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, setembro 01, 2015

Desintoxicação

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Acabou Agosto, psicologicamente acabou o Verão.
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Quando não tinha razões de queixa, Setembro juntava a ansiedade de perder a liberdade e a vontade de regressar às aulas. Muito se diz em queixume, mas a escola começava em Outubro e as turmas tinham mais de trinta alunos.
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O meu calendário é um planisfério, em que os meses têm cores e a duração varia. Agosto é enorme, cansativamente grande. Encarnadão e salgado.
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É Setembro e o vermelho fica logo castanho, a palavra-mês.
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Dois-mil-e-quinze foi mais um em que tive mundo e cidade. Desde dois mil que não sei o que são duas semanas inteiras a tomar banho no Atlântico.
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Lá descansar, descansei… se me esquecer da ansiedade que os bolsos segregam por causa.
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Descansar? Não descansei.
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Agora que veio Setembro, chegam os encontros para a reabilitação, para perder o vício das férias.

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