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O tempo perdido do Verão felizmente não volta. Recluso de
angústia e impaciência vivi horas de oito dias e ondas maiores do que.
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Vou reaprender o tempo, vou. Desdenhar-lhe o valor e
envelhecer. Que daqui a um ano esteja mais velho e, se Deus assim mo permitir,
menos conhecedor.
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A palavra-dor é. Como o medo do passar do tempo ou as
nostalgias da adolescência.
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Com todas as dores, as palavras servem. Se penso em défice,
sei que superávit.
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Oxalá não chova antes do frio.
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Se reencontrados depois de décadas, estamos – quando como
nunca tivéssemos deixados de estar.
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Eu na sala. Eu na mesma. A sala na mesma. Tudo escondido
como se arrumado.
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Foi Agosto e ainda. É ainda e ainda.
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Quero envelhecer deitado, com a televisão ligada e muitos
copos de gelado e colheres e remorsos.
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Se alguém me pagar as contas. Só essas, só.
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Um acidente vascular cerebral, um enfarte do miocárdio ou
diabetes são os anjos que.
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Palavra-défice. Ficou tudo por contar. Coisas do mês
de Agosto.
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