digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, julho 14, 2015

Ausente negligente impotente

.
Pois que e. Às voltas com um cansaço que chega ao terço do caminho, e o corpo perdente da vertical e conformado só diz não conseguir. Sente o polvo malhado antes do tacho com água fervente e respondendo às questões do Trivial Pursuit.
.
Os olhos fixos no ecrã que neles se fixa. Os gestos inertes do sistema que talvez corra no computador.
.
Hoje não faço mais nada e ontem também não farei e amanhã quem sabe se talvez um dia que pode ser. Uma cama não chega. Nem um sono, todos e seguidos, sem pausas por sede ou fome.
.
Desencarno e vejo-me (sobrevoando) incapacitado, não esperando nada, vazio. As correntes de ar trazem os pós do mundo, não levam.
.
O mundo e chatices e as discussões moentes, não sossegam nem espicaçam. Aguento as ondas e um dia. Que é hoje e foi ontem e numa data de dias para trás. Esparramado sob.
.
Aos dias:
.
– Sejam calmos, de Sol e repouso. Vão sem mim, que não consigo ir lá ter. 

Sem comentários: