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O passado é uma chatice, que não largo por arrependimentos e somo aos
tédios de hoje. Não posso esperar por mim, ora chego cedo ou sou incapaz.
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É assim e é piroso:
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– A ansiedade é macia, uma pomba assustada batendo asas nas entranhas do
corpo, mente e alma.
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O meu sono é escarlate. O meu sono é negro. No alto, o britango aguarda o
desfalecimento e a pomba inquieta-se. Paro de respirar, respiro antes que o
espírito se vá embora.
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É uma chatice, o passado. Somo-lhe os tédios e prometo-me os dias felizes
que sei impossíveis.
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Digo com a cabeça:
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– Diz a Juno que quero soalheiro suave e uma brisa decidida, que com jeito
leve o que a ventania é incapaz, a agonia entediada.
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Nem tudo o que se faz e pode ser feito. Na racionalidade o digo.
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Digo e não sei da racionalidade, se ficar ou de ir.
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O tédio indeciso é pastilha-elástica agarrada.
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Nota: O mundo está para acabar! Escrevi um título em inglês…
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