digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 21, 2015

Bebei Babel

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Não sei as vezes que escrevi palavras alinhadas, mais ou menos, como estas. Sei que as envio repetidas para algumas pessoas. Lamento, mas…
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Quando a vergonha se acanha e, de tão atiçada, se faz forte, põe as garras de fora e luta, porque a sobrevivência é mais fácil do que a pobreza.

A notícia correu à velocidade das pernas e do boca-em-boca, na época não existiam nem telefone, muito menos telemóveis nem se sonhava com os falecidos peigeres, nem telégrafo, nem telexes, nem imailes, nem ésse-éme-ésses, nem éme-éme-ésses, nem internete, nem rádio-telefonia, nem televisão, nem ualquitolquies… havia palavra escrita, mas não jornais. Podiam fazer-se sinais de fumo, mas naquelas terras não se usavam.
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Soube-se pela velocidade dos passos e destreza da boca: caiu a Torre de Babel.
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Agora que há todos os meios que citei é rápido informar que a minha obra-prima nem se conseguiu erguer.
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Ora tentem fazer uma torre de vinho.

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