digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, março 24, 2015

Duas gatas infotocopiáveis

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O tempo voa e voa tão depressa que os aviões parecem parados quando comparados à constatação do passar da vida. Comecei o infotocopiável há nove e não sei por que razão, mas sei por que continuo a alimentá-lo e a ser por ele a ser alimentado. São nove anos de casamento entre um tipo e suas palavras, residindo numa casa inexistente.
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Neste mesmo dia, mas há onze anos, nasceram as manas Granita e Lioz. Vieram da mãe demasiadamente cedo, reconheço… reconheço que lhes amputei infância. Um mês depois do nascimento entraram em casa.
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Carentes de mãe e doces como ela. Nunca lhes faltei a uma mamada nem recusei mimos. A Paraquedas veio mais tarde e no seu dia dela contarei.
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A Granita ronrona alto como uma chaleira de água fervente, muito mimada e mimadora. É quem pede a comida ou para ser mudada a areia. A Lioz é frágil e muito terna, com uns olhos azuis, muito grandes, muito abertos e muitos espantados. Raramente mia, mas quando fala… o que tagarela…
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Hoje há festa! Comidinha húmida para todas… é a loucura!

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