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Rei Jaime VI da Escócia
(Jaime I de Inglaterra) foi o último monarca a nascer em terra escocesa, no
Castelo de Edimburgo, em 19 de Junho de 1566, vindo a morrer a 27 de Março de
1625, em Hertfordshire.
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Jaime VI fez a união das
coroas dos Reinos da Escócia e da Inglaterra, mas manteve os dois países como
independentes um do outro e governados por ele mesmo, respeitando Parlamentos,
justiça, leis e finanças. Foi casado com Ana da Dinamarca (12 de Dezembro de
1574 – 2 de Março de 1619).
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A união aconteceu durante o Reinado
de Ana (dinastia Orange-Nassau, enquadrada na dinastia Stuart), nascida em 1665
no Palácio de Saint James, em Londres, e falecido a 1 de Agosto de 1714, no
Palácio de Kensington, na capital inglesa.
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A proposta de contrato de
junção dos Estados foi assinada a 22 de Julho de 1706. O acto de união
realizou-se através de duas votações nos parlamentos de Londres e de Edimburgo.
O Tratado de União com a Escócia foi aprovado pelo parlamento inglês em 1706 e
o Tratado de União com a Inglaterra foi validado pelo parlamento escocês em
1707. A entrada em vigor deu-se a 1 de Maio de 1707.
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A Rainha Ana, filha de
Guilherme de Orange – Guilherme II da Escócia, III de Inglaterra e III do
principado de Orange, Rei consorte de Maria II da Escócia e também II de
Inglaterra – reinou até 1714.
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Assim, a Rainha Ana foi a
última da Escócia e de Inglaterra e a primeira da Grã-Bretanha. A Irlanda
continuou com um estatuto de território pessoal, um Estado à parte e governado em
separado.
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A Irlanda começou a estar na
esfera dos monarcas de Inglaterra em 1198, quando Henrique II a invadiu,
aproveitando a fraqueza e indefinição política. A ilha foi constituída como
Senhorio. O seu filho, João I de Inglaterra (João Sem Terra) sucedeu-lhe e
tornou o país como feudo pessoal.
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A Irlanda ascendeu a Reino em
1542, por decreto de Henrique VIII de Inglaterra, que foi o nono com o mesmo
nome a governar a ilha. A sua união ao Reino da Grã-Bretanha aconteceu a 1 de
Janeiro de 1801, após os Tratados de União terem sido aprovados, em 1800, pelo
Parlamento da Grã-Bretanha e pelo Parlamento da Irlanda.
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Jorge III (4 de Junho de 1738
– 29 de Janeiro de 1820) foi o último monarca da Grã-Bretanha e da Irlanda (em
que foi também terceiro do nome) e o primeiro da Grã-Bretanha e Irlanda.
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Já a união com Gales é mais
antiga e complexa. O território compreende basicamente ao antigo Reino de Mécia
(anglo-saxão). O Principado de Gales foi criado em 1216 e extinguiu-se em 1542
(algumas vezes surge como 1536) e ocupava cerca de dois terços do actual País
de Gales. A parte restante encontrava-se dividida por diferentes terratenentes.
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Em 1282 foi conquistado por
Eduardo I de Inglaterra. O seu filho e sucessor, Eduardo II iniciou a tradição,
em 1301, de conceder o título de Príncipe de Gales ao seu filho mais velho e
herdeiro da coroa, ainda que o território não tivesse sido ainda unificado a
Inglaterra.
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Relativamente a Gales, houve dois actos de união, um
em 1535 e outro, definitivo, em 1542, realizados durante o Reinado de Henrique
VIII de Inglaterra.
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As Ilhas Anglo-Normandas
mantém-se fora do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, sendo
possessões do monarca inglês, herdeiro dos Duques da Normandia. O mesmo
acontece com a Ilha de Man.
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Na Irlanda, a contestação
começou cerca de oitenta anos após a união, com os irlandeses a exigir autonomia
legislativa. Em 1916 eclodiu a Revolta da Páscoa (24 de Abril a 30 de Abril),
violentamente combatida pelas tropas reais.
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Em 1918, após as eleições
gerais, a maioria dos eleitos pela Irlanda recusou sentar-se na Câmara dos
Comuns e criou um Parlamento próprio. Entre 21 de Janeiro de 1919 e 11 de Julho
de 1921 realizaram-se acções de guerrilha, por parte do Exército da Irlanda
(conhecido por «Velho IRA»), conflito que ficou registado como Guerra da
Independência da Irlanda.
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Os representantes do ainda ilegal
Estado Livre Irlandês assinaram, a 6 de Dezembro de 1921, o Tratado
Anglo-Irlandês, em que 26 condados a Sul passaram a integrar o novo regime e os
seis mais a Norte (que representam a quase totalidade do território histórico
do Ulster) permaneceram ligadas à coroa, pelo Acto do Governo da Irlanda de
1920 (documento ratificado a 8 de Dezembro de 1921). A 7 de Janeiro de 1922, o
Parlamento da Irlanda ratificou o documento.
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Todavia, o Tratado
Anglo-Irlandês manteve a ligação ao Rei, que nomeava um governador-geral, embora
houvesse autonomia política e legislativa. Este status quo não agradou a
todos os que combateram pelo país.
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Em 1932, o partido Fianna Fáil (Partido
Republicano) chegou ao poder e iniciou um processo político de separação face à
monarquia, que culminou com a Constituição de 1937, aprovada a 29 de Dezembro,
e nomeou o Estado como Eire ou Irlanda.
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Durante a Segunda Guerra
Mundial, a Irlanda afirmou-se neutral. Ainda que teoricamente fosse uma
República, a Irlanda só como Acto de 1948 se constituiu como tal, com início a
18 de Abril de 1949.
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Regressando para cá no tempo, o Governo de Gales passou a
poder apresentar Propostas de Lei a partir de 2007, colocando documentos
directamente à aprovação da Rainha Isabel II. A 31 de Março, foi aprovado, em
referendo, o alargamento dos poderes do Parlamento sedeado em Cardiff,
desvinculando-se da aprovação da Câmara dos Comuns do Reino Unido da
Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte.
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Já a Escócia tem uma tradição
autonomista maior, tendo o primeiro parlamentar nacionalista sido eleito para o
Parlamento de Londres nas eleições de 1945. A pressão autonomista aumentou
durante a década de 70 do século XX e a contestação ao Governo central ganhou
volume com a introdução da Poll Tax (um imposto municipal) na Escócia um ano
antes do resto do país – governo do Partido Conservador, liderado por Margaret
Tatcher.
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Com as vozes separatistas a
engrossarem, o primeiro-ministro britânico Tony Blair (escocês), do Partido
Trabalhista, avançou com reformas, em 1997, para «agarrar» os escoceses ao
Reino, tarefa continuada pelo seu sucessor, Gordon Brown, também escocês e do
mesmo partido.
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A partir do referendo de 11
de Setembro de 1997 – dia simbólico por se assinalarem 700 anos da Batalha de
Stirling Bridge, cuja vitória foi decisiva para a independência escocesa – reinstaurou-se
o Parlamento da Escócia.
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O Partido Nacionalista
Escocês prometeu referendar a independência, dando início ao processo
após a vitória absoluta nas legislativas conseguida em 2011. A 21 de Março de 2013, o Governo da
Escócia e o Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
concordaram com a realização do referendo, que foi ratificada pelo
Parlamento Escocês, a 14 de Novembro desse mesmo ano, e aprovada pela Rainha
Isabel II, a 17 de Dezembro do mesmo ano.
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O número de eleitores é de
4.027.187, sendo que 680.235 votaram já, por correspondência, a 15 de Agosto. A
data decisiva é 18 de Setembro, e poderá celebrar simbolicamente os 700 anos da vitória da Escócia
sobre a Inglaterra, na Batalha de Bannockburn, que ocorreu a 24 de Junho de 1314.
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No outro lado do mundo, na
Austrália começa a falar-se do país de tornar numa República após a morte de
Isabel II.
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Nota: Devido à quantidade
muito limitada de caracteres da caixa das legendas, a identificação das imagens
será feita abaixo.
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1 – Armas reais usadas em Inglaterra e no mundo e armas reais usadas na Escócia - desde 1887, por decisão da Rainha Vitória.
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2 – Rei Jaime VI da Escócia, retrato atribuído a John de Critz, o Velho.
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3 – Rainha Ana da Escócia, retratado por Michael Dahl.
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4 – Rei João de Inglaterra, conhecido por João Sem Terra, retrato de pintor anónimo.
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5 – Rei Henrique VIII de Inglaterra, retratado por Hans Holbein, o Novo.
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6 – Rei Jorge III, Rei da Grã-Bretanha e da Irlanda, retratado por Allan Ramsay.
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7 – Rei Eduardo I de Inglaterra, retrato de pintor anónimo.
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8 – Armas do Senhorio de Man – Dependência da Coroa.
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9 – Armas do Reino da Irlanda e da República da Irlanda.
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10 – Armas dos condados históricos da Irlanda: Connaught, Leinster, Munster e Ulster.
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11 – Armas da Irlanda pertencente ao Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, embora nas armas oficiais surja o brasão azul com a harpa.
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12 – Rei Jorge V, Rei do Reino Unido da Grã-Bretanha, dos Domínios Britânicos e Imperador da Índia, retratado por Luke Fildes.
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13 – Rei Jorge VI, Rei do Reino Unido da Grã-Bretanha e dos Domínios Britânicos, retratado por Gerald Kelly.
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14 – Douglas Hyde, presidente da Irlanda de 1938 a 1945, retrato de fotógrafo anónimo.
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15– Seán T. O'Kelly, presidente da Irlanda de 1945 a 1959, retrato de fotógrafo anónimo.
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16 – Armas do País de Gales.
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17 – Armas da Escócia.
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18 – Armas de Inglaterra.
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19 – Armas dos principais territórios sob a Coroa de Isabel II: Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
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