digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, abril 18, 2014

Nas tintas

























O meu pensamento rectilíneo não vai recto como não vai nenhuma recta. Nem decidido quanto uma mulher quando muda de penteado. Não vejo o mundo com outros olhos, porque não posso ter outros olhos. Se me apetecer nem abro os olhos. Ou desfoco-os. Ando aos ésses. Vou a olhar para baixo, com um espelho virado pra cima pra ver o tecto. Vou de encontro às coisas. Se não houver tecto vejo o céu. Se cair é o meu destino. Não quero saber. Mas chateia-me que me chateiem.

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