Devo-te o fazer amor. Se não entendeste o amor, é porque não
o merecia. No entanto, não me faltaste. Não dando tudo, foi o suficiente.
.
Por ti não fui no fio da navalha. Saltaste até cima e
roubaste-me o vazio desarrumado.
.
Lamento ter-te perdido. Se eras tu que juro me amavas e eu
quem desejava.
.
Levei-te flores e cruzei a cidade. Detestei aquelas flores e
acariciei-as porque tuas.
.
A surpresa da menina e o sorriso pelas flores. Eu vestia um
fato e estávamos numa avenida.
.
Sim, estou triste e a nossa história foi triste, por mim. Tudo
o que tem de alegre é a tua pureza. Alegre não é feliz.
.
Não te me deste. Seja por que razão for. Se foi triste o
final, foi patético, foi porque tomei o amor com mãos impuras.
.
Perdi tudo. O que mais perdi foi ter ganhado uma tristeza.
.
A tristeza é uma chatice!
Não lamento não te ter tido, porque o tempo que te tive
diante de mim saciou-me. Hoje sei-o.
.
Deves-me o fazer amor. Sinceramente, acho que sim.
.
Se foste infantil? Foste e não percebeste. Menina adulta não
é de todo madura.
.
Se o mereci? Não.
.
Não o mereci por não me dares, mas por eu não merecer
merecer.
.
Escrevo-te num dia triste, quando há felicidade.
.
Confidencio-te o que talvez saibas, que te tenha já
derramado. E o que te disse em sonhos.
.
O limão também é doce.
.
Detestei aquelas flores e gostei tanto de tas dar que mais
de dez anos depois ainda me lembro delas.
.
.
.
Nota: Dedicado à DN... com um abraço ao Zeca.
.
Nota: Nunca tinha pensado em escrever este poema. Por alguma razão, hoje tive de o escrever. Foi de rajada, repentista, quase sem pensar. Tinha-o de fazer e tinha de ser hoje, com urgência. Ao escrevê-lo percebi que andei mais de dez anos a escrevê-lo.
.
Nota: Nunca tinha pensado em escrever este poema. Por alguma razão, hoje tive de o escrever. Foi de rajada, repentista, quase sem pensar. Tinha-o de fazer e tinha de ser hoje, com urgência. Ao escrevê-lo percebi que andei mais de dez anos a escrevê-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário