digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, junho 05, 2013

A miúda perdida

Lembro-me da temperatura da língua, que tinha a força das coisas frágeis. Que tinha o tesão da quase inocência.
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Nada que diga faz o tempo voltar. Fiz-lhe amor dormindo ou acordado no ócio. Esmeralda perdida.
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Não parece que foi ontem. Parece que foi nunca. E nunca foi. Um ramo de flores sem Outono.
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Morrerei sem voltar aos lábios que me amaram por tão pouco. E sem nunca lhe ter morrido no leito.

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