Tens aí um beijo preste a cair e não me pedes para o
apanhar. Prestes a despenhar-se e eu sem o poder salvar.
.
Tiro-te a roupa como quem dá um beijo. Mãos quentes em pele
fria de corpo em brasa. O peito erguido, a colina do ventre, o vale das pernas
e o cofre do tesouro, onde aromas férreos, de caramelo e sal, sobressaltam como
uma fonte.
.
Sim, as mãos. Que pegam e quase saciam. A boca que fica
perto do clímax. As mãos que se dão nas mãos, o ventre com ventre. O homem
dentro da mulher.
.
Sonho com a tua almofada e com silêncios de palavras de
arrependimento e fúria de cair novamente no abismo do prazer.
.
Não partilho a cama, partilho o corpo. Quero-me em ti e que
me dês a tua humidade. Dou-te calor e dás-me sussurros.
.
Quero-te já. Com mãos, boca e revelação. Dentro de ti. Adormecer,
ir e voltar.
Sem comentários:
Enviar um comentário