digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Alice, 1998-2012

A Alice mais do que um cão é uma amiga. Tenho a certeza que está no Paraíso dos cachorros, onde pode correr à vontade, trincar daqueles ossos amarelos que vendem nas casas de comida para animais e rosnar a anjinhos patifórios.
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Adoro a Alice, que embebedei em pequena e engordei ao longo da vida com petiscos proibidos, à revelia dos donos. Nas últimas vezes que a vi já não o fiz. Mas ela nunca me deixou de pedir gastro-presentes.
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Espojava-se e saltava-me quando me via, quase violentamente, não deixando que mais ninguém se aproximasse. Nas últimas vezes, já velhota, ainda o fazia. Rosnava quando lhe pediam a pata, mas a mim dava-me as duas à vez, sem fosquices e com o olhar meigo de sempre.
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Adeus amiga, vai brincar no Paraíso dos cães e ladrar de felicidade quando espreitares atrás das nuvens.
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Nota: O texto vai no passado, mas a Alice está no presente. Um beijinho ao Quico, à Inês e ao Paulo.

3 comentários:

Paulo disse...

Obrigado João. Esteja ela onde estiver não se esquecerá de ti... nem do Schnaps.. Paulo, Inês e Quico.

Luiza Maciel Nogueira disse...

eu lembrei da minha Clara, que foi tbm ao paraíso dos cães já em 2011, :)

beijo

Carla disse...

Costuma-se dizer que os cães grandes, como os labradores, vivem no máximo até aos 8 a 10 anos... A Alice mostrou que não. Recordar-me-ei sempre dela feliz e com fotos maravilhosas. Aliás, a foto mais bonita da Maria é com a Alice. Onde vocês iam, ela ia. Agora está a brincar com a Maria no Paraíso dos Cães de que fala o João. Não tenho dúvidas. Um abracinho, queridos amigos.