digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, dezembro 29, 2011

Por essa estrada fora


Dá-me o caminho finito e a infinita esperança de o fazer. Dá-me o abraço na noite, ainda que suemos. Dá-me o abraço na noite, para que te beije entre sonos. Dorme comigo, para que não te sinta a falta nos sonos. Que a noite seja de chuva, para que se deseje mais corpo. Que a noite seja escaldante, para que os corpos a façam mais. Daqui até aí, na saudade, é mais longe do que os anos-luz até Alfa de Centauro. Daqui para aí, juntos, o tempo é infinitamente pouco para tudo. Esta noite vou sonhar contigo, ainda que acordada, e estarás comigo, nesta ou numa Via Láctea qualquer.

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