digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, outubro 10, 2010

Até logo à noite

O corpo está emprestado à alma e a alma encostada ao corpo. Quando saio de mim entro em ti ou encontro-me contigo no outro mundo. O meu desejo tem a tua voz e o pensamento não vai muito além de ti. És alma siamesa deslocada. Mar, continuação de rio com sal. Abraço fora do corpo, distância aquém da alma. Na memória o beijo do mundo e os corpos por momentos siameses, em água, desejo e êxtase. Nas bocas as palavras, de tanta coisa que se quis. Os lençóis ainda quentes da noite passada… há tantos anos. Não há beijo que não me venha nem frio que não me tragas. Sabendo eu que não há beijo que não te chegue nem meu calor que não desejes. Fim. Até logo à noite.

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