Alma de Sol e chuva. No ribeiro. As pedras também dormem, mas ao olhar fingem. Entre as ervas verdes e o frio. São seixos, dizem. Às vezes aprisionados em casas sem campo, às vezes secas. São como as águias e as lebres, as pedras. Penso, não juro, que as flores não se chegam perto. Pelo menos as papoilas, não me lembro. Sob as árvores descansa-se bem. Dos pés doridos do andar sobre os seixos, no caminho do banho bravio. No Inverno, com certeza também no Outono, até na Primavera e em alguns dias do Verão, as águas, que lhe vêm, vêm também do céu. Por isso, alma de Sol e chuva. As pedras não mentem; quando estão molhadas, estão mesmo molhadas. Os seixos não choram, mesmo quando aprisionados em casas sem campo, quase sempre secas.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
quarta-feira, setembro 01, 2010
Alma de Sol e chuva
Alma de Sol e chuva. No ribeiro. As pedras também dormem, mas ao olhar fingem. Entre as ervas verdes e o frio. São seixos, dizem. Às vezes aprisionados em casas sem campo, às vezes secas. São como as águias e as lebres, as pedras. Penso, não juro, que as flores não se chegam perto. Pelo menos as papoilas, não me lembro. Sob as árvores descansa-se bem. Dos pés doridos do andar sobre os seixos, no caminho do banho bravio. No Inverno, com certeza também no Outono, até na Primavera e em alguns dias do Verão, as águas, que lhe vêm, vêm também do céu. Por isso, alma de Sol e chuva. As pedras não mentem; quando estão molhadas, estão mesmo molhadas. Os seixos não choram, mesmo quando aprisionados em casas sem campo, quase sempre secas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário