digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, maio 31, 2010

Verão





















Agora as árvores têm os braços abertos. O azul celeste não esconde o pouco vento atropelado pelo calor.
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É tempo dos amores, ou das paixões, melhor dizendo.
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Numa sombra derramo para dentro a limonada, a mais desejada. Logo irei estar feliz por este momento. Prolongamento feliz da visão, do que ficará na memória. Esta sombra é o ócio, o tempo com tempo para ser tempo. É dádiva de deuses pagãos.
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Tardes destas são as terras mediterrânicas, das oliveiras e das figueiras. O vinho para o entardecer suave e ébrio.
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Reza-se pelos amores que hão-de vir. Reza-se pelos que foram.
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À sombra, com uma limonada, aguarda-se, sem pressa, a noite quente, dos terraços e das praças. O pôr-do-sol diante dos olhos e os dias longos. A fauna em festa dia fora. Tempo de felicidade.

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