Dentro destas quatro paredes evocam-se fantasmas, idos há muito. Lembranças de claustros e granito, outros corações desfeitos. O toque dos sinos, as trompas e a percussão solene a anunciar um cortejo. Sobre mim se levantam um cantar meu.
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Um caminho de flores, o chão coberto. No carreiro do bosque, taciturno. A dança dos espectros, o canto chão, o canto dos anjos, um canto de laudas.
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Por mim, não há manhã. Por mim, só esta escuridão monacal. , esta luz trémula. O medo da nudez.
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Romperei a noite numa oração, com o frio do aço temperado. Solidão fria de Inverno.
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Quando as luzes se apagarem será outra noite. Ainda tempo da oração perdida nos tragos de vinho. Que esta luz nunca se acabe e que jamais seja manhã.
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