digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, janeiro 24, 2010

A noite dos quatro amores

Esta noite estiveste mais sensual do que alguma vez, Fizemos amor comigo a olhar-te as espaldas. E tu, generosa, ficaste até eu chegar ao fim da erupção. A tua humidade atiçou mais e mais o meu fogo e os beijos que não demos foram sinal de amizade maior.
.
A ver, ramalhete doutras flores, uma vermelha e as restantes de cores imprecisas. Sim foi bom. Por uma vez, escolhi outro matiz. Há vinte anos também quase foi assim, sem remorsos.
.
Demos um longo passeio antes e todas vós me preparam a surpresa. Uma festa, uma quase orgia. No final, como era de esperar, a surpresa maior, o meu presente para ti, com o canteiro a suspirar, sem inveja, mas com desejo. Os beijos que não demos deixaram-me ver-te as costas.

2 comentários:

flôr de sal disse...

gosto que me vejam as costas e nunca a cara. assim sabem quem estive ali e nunca quem sou.

João Barbosa disse...

hummmm