digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, outubro 31, 2009

Culpa

Não sabes de quem é a culpa? Tua não será. Põe-na em mim e fica com os méritos. Fizemos amor, porque quiseste, mas os arranhões nas minhas costas, durante o teu orgasmo, foram por culpa minha. Se o dia te correu mal, culpa-me por ter esquecido de comprar arroz. Mesmo que não tenhas tido sempre razão, nunca reconheças uma falta nem peças desculpa. Põe as culpas em mim, pois afinal tenho tendência para me imolar. Dá-me, pelo menos uma vez, razão. A razão de me vitimizar.
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Nota: Este vídeo, sem a imagem inicial, já tinha sido postado. Mas aqui justifica-se novamente.

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