digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Sonhei, outra vez





















Namorar contigo aos bocadinhos. Namorar contigo como quando, já grandes, éramos pequeninos. Mandar bilhetinhos com letra pequenina. Deixar bilhetes escondidos para adivinhação. Deixar beijos e palavras em locais secretos. Passear em grupo muito interessado, com ar desinteressado. Ter segredos. Contar segredos. Ser apresentado à família, jantar com os pais, conhecer o irmão. Dar beijos pequeninos. Guardar beijos grandes para aquele momento especial. Ter medo do futuro. Ter medo de repetir o passado. Apesar de tudo, fazer tudo outra vez. Contigo. Faze-lo aos bocadinhos.

3 comentários:

A Menina do Chá disse...

subscrevo

João Barbosa disse...

ufa!

flôr de sal disse...

"ter medo de repetir o passado" repetindo-nos que a "história não se repete" e saber que os gestos se repetem sempre ainda que os instantes sejam outros... e agora que faremos se já enlaçámos as mãos? e o medo, o medo desse momento em que se ouve ao fundo, como se fosse um zunido que vem do próprio passar contínuo das águas do rio, R. Reis sussurar ao ouvido de Lídia "desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos..."