digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, agosto 16, 2009

En franciu, oh monsiu













Por que é que a língua francesa, que é galante, esclarecida e poética, parece uma avalancha de cascalho nas bocas matarruanas dos nossos emigrantes?
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Nota: Jantava eu num simpático restaurante de bairro, pacato e feliz, quando uma rodada larga de emigrantes portugueses «na» França chegou com seu linguajar característico. Falavam alto como os espanhóis, como quase muitos, quase todos, os emigrantes que vêm à terra exibir não sei o quê para provar aos que os que cá ficaram que são campónios, nada como eles, que ficaram gente fina por trabalharem a servir e nas obras lá na estranja. Falavam em francês entre si, intercalavam com vocábulos em português sempre que subia a mostarda ou o domínio da outra língua fraquejava. Confesso que não tenho paciência. Que fiquem por lá e não voltem. Estou-me nas tintas para a vida que aqui deixaram e para o que por lá passaram. Safa!

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