digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, julho 05, 2009

Granada





















O que se faz com uma granada? Deixa-se quieta. Puxa-se a espoleta. Aperta-se na mão. Alivia-se o aperto. Atira-se para longe. Fica a ver-se rebentar, ao perto, ao longe. Já longe daqui se ficar perto sem atirar. Engole-se e espera-se que seja comestível. Atira-se para longe.

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