digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, junho 26, 2009

Voo


É azulejo de ultramar e modinha de cá do Atlântico. Se sou português e além não me reconheço em brasileiro, aqui estou como ser do mar oceano, amado e amante, de toda a espuma salgada entre cá da Lusitânia e lá da Vera Cruz. No cruzeiro e na calçada, nas feijoadas, mãos largas e compridas até Cabo Verde, até ao beijo de língua que se dá quando se fala esta língua.

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