Continuo preso ao mesmo pesadelo. Quando durmo e no estar para onde vou, por vontade e dever, no outro lado da vida. Lá me encontro comigo, o inquisidor e o oficial. Jesus e Deus nada têm a ver com isto, o mal está em mim. Não é o demónio, sou eu. Os demónios são os homens. Lá me confronto com quem me quer dizer, o bem e o mal. Estou com ela, com a mãe dos meus filhos desta vida que não nasceram. Estamos na mesma sala. A reconciliação adiada. Nem Deus nem Jesus têm a ver com o negrume onde me situo. Enquanto evitar a luz, estarei. Assim, continuo preso ao mesmo pesadelo, do passado que nunca deveria ter surgido e do qual só posso sair por mim, depois do trabalho feito e o remorso sarado. Não é fácil. Não é por se viver muitas vezes que viver se torna fácil. Não aprendo com facilidade e, por isso, não sei o que faço aqui. Vim para um destino que não acontece, antes tivesse ficado pelo o outro lado, a aguardar, até que uma maturidade maior, dela e minha, nos unisse, de facto, nos deveres que temos de cumprir. Mas o pesadelo é só parte do problema.
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