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Hoje não resisti e voltei a fazê-lo, num impulso de sono e saudades da infância. Saudades também de quando, mais tarde, fui feliz. Não vi cores, via-a deitada num lago.
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Vi-a morta deitada na superfície das águas, como que entretida entre as folhagens e as pedra molhadas. Antes isso do que vê-la viva a afundar-se.
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Depois senti que a via morta a afundar-se. Antes isso do que viva na superfície das águas.
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Gritei às pedras e folhagens, não impotente, mas incapaz de a salvar. Gritei às pessoas ausentes. Não a socorri por saber que não me quer perto de si. Respeitei-lhe a decisão.
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Tive a clara necessidade de pressionar os olhos para ver cores e as magias do movimento.
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Nota 1: O autor deste blogue não toma nem nunca tomou drogas alucinogénicas nem outras substâncias ilegais.
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Nota 2: Odeio arte psicadélica, mas às vezes tem de ser, veio a propósito. Temos de comer de tudo para sermos saudáveis.
1 comentário:
A propósito da Nota 2, bom proveito! ;)
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