digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, dezembro 28, 2008

A luz da solidão





















A luz da minha solidão. A solidão faz-se com as frases que ficaram dos últimos amores. Impressas em folhas de livros comuns. Dor de corpo todo. Dor de muitas lágrimas. Dor que morde os lábios. Memórias que antes não tivesse. Não tivesse tido momentos de alegria e doçura e agora melhor estava. Sem perda. Sem saudade. Sem a comparação. A minha solidão é de perda. A luz que a ilumina aviva-a, realça-lhe os contornos, anima-lhe os esgares. Vivo em dor, porque não consigo amputar uma parte de mim.

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo.