digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, outubro 14, 2008

Tavira 1987/9

Luz clara na noite escura. As ruas desertas na cidade pequena. Pirilampos, mosquitos e mariposas. Assistia ao fumo largo e público de quem fumava às escondidas. Um grupo vasto de quem não guardo afectos. De quase todos. O receio do escuro, mas não do cemitério de que saltei o muro. Receio do escuro e admirada boca boqueaberta pelo crânio descarnado. Descobertas e primeiros amores. Luz clara nas noites escuras. Era assim.

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