digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, abril 20, 2008

Fão

A noite de espera teve uma tarde de espera. A tarde foi de medo, de quase certeza, de quase incerteza. Antes, no princípio, houve um salto: o desejo.
Era tão grande o desejo. Tão grande, tão grande. Tão grande foi a espera. Julgo que não chovia. Não sei, não me lembro. Não me lembro.
Éramos tão pequeninos e já tão grandes. Grande era o nosso amor. Ainda tanto para ir. Não sabia que de tanto ir já não havia voltar. Quando foi, foi de vez.

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